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Retomando a sequência de postagens sobre Orgulho e Preconceito, desta vez me detive a comentar sobre as adaptações da obra de Jane Austen - pelo menos das quais pude encontrar e achei que merecessem ser comentadas. A primeira adaptação que irei comentar e fora a única que eu pude assistir fora o filme de 2005 baseado no livro, cujo o título tem o mesmo nome. Ao final da postagem, faço um breve comentário sobre duas adaptações de Orgulho e Preconceito, as quais de alguma forma também se tornaram famosas entre os fãs da obra.
Orgulho & Preconceito (2005)
Como mencionei antes, este filme fora a única adaptação que eu assisti (existe outra) e, de fato estava um pouco ansiosa para ver como seria adaptada para roteiro cinematográfico. Assisti o filme logo depois de ler o livro e imaginei que haveria bastante o que comentar a respeito, principalmente porque, por se tratar de adaptação - e o filme ter 2 horas de duração - teria bastante coisa que não seria incluída e também modificada.
Outra coisa também importante seria ver com o romance se desenvolve no filme, uma vez que por se tratar do contexto do século 18, não daria para seguir fielmente ao livro devido a alguns costumes e crenças presentes na sociedade inglesa nesse período. Principalmente por se tratar de gênero romance, imaginei que seria um desafio para chamar a atenção do público alvo. Bem, então vamos lá.
Outra coisa também importante seria ver com o romance se desenvolve no filme, uma vez que por se tratar do contexto do século 18, não daria para seguir fielmente ao livro devido a alguns costumes e crenças presentes na sociedade inglesa nesse período. Principalmente por se tratar de gênero romance, imaginei que seria um desafio para chamar a atenção do público alvo. Bem, então vamos lá.
Keira Knightley e Matthew Macfadyen como Elizabeth e Mr. Darcy |
Apesar disso, eu achei interessante a forma que foi adaptada, sem esquecer do fato de que se trata de adaptação, portanto dificilmente o filme irá ser totalmente fiel ao livro. Então, para ilustrar um comparativo da obra com o filme, selecionei algumas cenas que comentarei a seguir.
1º O Baile. Como tinha pouco conhecimento do que se fazia em 1700, eu não imaginei que eles dançassem assim. Apesar de a princípio ser cômico a dança apresentada no filme, eu imaginava como algum tipo de valsa uma vez que não é descrita no livro com detalhes. Assim, eu imaginava Elizabeth dançando com Mr. Darcy de uma outra forma, uma vez que é relatado que eles conversam enquanto dançam. Então esta cena o filme nos apresenta com muito mais riqueza de detalhes os costumes do século 18, algo que fica a cargo nosso de buscar um pouco de entendimento da cultura inglesa neste período para dar subsídio à nossa imaginação a partir do que é relatado no livro.
2º Elizabeth na casa de Mr. Bingley. Esta parte confesso que me decepcionou um pouco no filme pois faltou desenvolver melhor e apresentar mais situações entre os personagens. Isto se dá porque ela é uma parte muito importante para o desenvolvimento da história, ela tem uma duração considerável no livro e é fundamental para compreender como Mr. Darcy adquiriu interesse por Elizabeth, principalmente por admirá-la o tempo todo.
3º O casamento de Charlotte. Este acontecimento toma boa parte do livro, no entanto ele foi altamente curto durante o filme, não nos deixando entender porque que Mr. Collins simplesmente resolve se casar com Charlotte, sendo que no livro ela e sua família apreciam muito as visitas deste senhor e então surge o pedido de casamento.
4º A ida de Elizabeth à casa de Charlotte e Mr. Collins. Esta parte aqui foi muito adaptada no filme (me deu angústia de ver). No livro, Elizabeth visita a amiga na companhia de Mr. e Mrs. Lucas (pais de Charlotte) e eles não aparecem na cena do filme. Devido a ausência destes no livro, algumas coisas ficaram desconexas na minha opinião. Outra parte que é fundamental para o desenvolvimento do par romântico entre Elizabeth e Mr. Darcy foram os passeios e, infelizmente no filme eles foram cortados. Durante os passeios ela sempre encontrava com Mr. Darcy que "acidentalmente" se encontrava por lá, e isso nos faz compreender melhor ainda o porquê ele se interessou por ela, bem como a relação desenvolvida entre eles fica melhor esclarecida.
5º A declaração do Mr. Darcy à Elizabeth. No livro se dá de uma forma bem inesperada, e creio que o filme conseguiu demonstrar isso e adaptou muito bem esta cena na minha opinião, apesar de mudar o contexto. Ficou realmente muito bonito e chamativo ter sido feita a declaração de Mr. Darcy na chuva e à céu aberto. Além disso, eu achei que a declaração fora bem fiel ao que se tem na obra, e o desentendimento de ambos que acontece logo em seguida fora bem exprimido e muito similar ao descrita no livro.
6º A visita de Elizabeth à mansão de Mr. Darcy. Esta parte aqui fora bem acelerada no filme. Não se sabe ao certo o que está acontecendo, então só depois que eu me dei conta que Elizabeth estava com os tios perto de Pemberley. E também, a visita deles à casa de Mr. Darcy não foi exatamente daquela maneira, no livro eu achei bem mais interessante, principalmente porque Elizabeth e Darcy se encontram de surpresa no jardim e ele se mostra muito gentil com ela e seus tios, comportamento o qual ele não exprimia antes. Acredito que isso também teria sido importante de ser apresentado no filme.
7º O caso Lydia. No filme não deixou bem claro como Mr. Darcy teve participação nesta história, o que teria sido interessante aborda porque é um ponto crucial na história, principalmente quando Elizabeth irá agradecê-lo por tal ato e, infelizmente, esta cena não foi acrescentada no filme.
8º A visita de Lady de Bourgh. No filme também não deixou claro como Lady de Bourgh soube do "boato" do casamento entre Elizabeth e Mr. Darcy, em contrapartida no livro é deixado bem claro que ela soube por intermédio de Mr. Collins, e este "soube" por meio da família da esposa, Charlotte Lucas, cujos familiares são próximos da família Bennet.
9º O encontro final. Bem, o final foi a parte que eu achei que o filme deixou a desejar :( As partes mais legais estavam no final como, por exemplo, o agradecimento de Elizabeth a Mr. Darcy e depois a aproximação de ambos, seria algo importante a explorar. E mais, a parte em que Mr. Darcy conta à Elizabeth como foi se apaixonar por ela e a parte em que um confessa ao outro como lidou com a situação, deveria ter aparecido no filme. Afinal, é aqui que compreendemos o porquê de "Orgulho e Preconceito" ser o título da obra.
Minhas impressões
Posso dizer que eu gostei muito do livro e é um dos meus favoritos. Costumo dizer que este sim é um romance de verdade. Eu o recomendo com toda certeza para quem se interessar!
E quanto ao filme, eu também gostei muito, até os atores me cativaram :) Eu gostei muito de Matthew Macfadyen como Mr. Darcy, não sei dizer exatamente o porquê, mas acho que o personagem lhe caiu bem, principalmente quanto ao seu olhar expresso em cada cena. E quanto a Keira Knightley, eu também gostei de vê-la como Elizabeth, achei que ela fez jus à personagem, principalmente no modo de agir com as outras personagens. O que não me agradou fora a adaptação do Mr. Bingley, pois conforme descrito pela autora, ele era uma pessoa muito convidativa e simpática. Chegava até a ser nível do Darcy.
E quanto ao filme, eu também gostei muito, até os atores me cativaram :) Eu gostei muito de Matthew Macfadyen como Mr. Darcy, não sei dizer exatamente o porquê, mas acho que o personagem lhe caiu bem, principalmente quanto ao seu olhar expresso em cada cena. E quanto a Keira Knightley, eu também gostei de vê-la como Elizabeth, achei que ela fez jus à personagem, principalmente no modo de agir com as outras personagens. O que não me agradou fora a adaptação do Mr. Bingley, pois conforme descrito pela autora, ele era uma pessoa muito convidativa e simpática. Chegava até a ser nível do Darcy.
Senti falta de várias coisas no filme, como esclareci acima, e também por conta da ausência de alguns personagens na adaptação: a outra irmã de Mr. Bingley e seu marido Mr. Hust, além dos pais de Charlotte. No entanto, isto não me impede de recomendar o filme para quem quiser conhecer a história. E mais, está disponível na Netflix para quem quiser ver.
Como último comentário a respeito da obra, eu a concebo como atemporal, por mais que tenha sido escrita há 200 anos ela não deixa de trazer elementos atuais. Penso que isso dê por se tratar de elementos presentes na natureza humana, ou seja, vejo que o orgulho e o preconceito são elementos tão humanos que se encontram presentes em nossa vida e em várias situações que vivemos. No caso do livro, ambos os elementos compõe o palco principal do desenrolar da narrativa e eu vejo que eles podem compor demais situações, não necessariamente ligadas a um contexto histórico específico.
Kouman to Henken (Mangá)
Como último comentário a respeito da obra, eu a concebo como atemporal, por mais que tenha sido escrita há 200 anos ela não deixa de trazer elementos atuais. Penso que isso dê por se tratar de elementos presentes na natureza humana, ou seja, vejo que o orgulho e o preconceito são elementos tão humanos que se encontram presentes em nossa vida e em várias situações que vivemos. No caso do livro, ambos os elementos compõe o palco principal do desenrolar da narrativa e eu vejo que eles podem compor demais situações, não necessariamente ligadas a um contexto histórico específico.
Outras adaptações famosas de Orgulho e Preconceito
Existem inúmeras adaptações desta obra em filmes, séries e até mesmo outros livros derivados desta história, penso que seja por isso que a obra ganhou muita fama. Você pode conferir tudo aqui e aqui. Abaixo apresento duas que me chamaram atenção:
Pride and Prejudice - BBC (1995)
Pride and Prejudice - BBC (1995)
Conforme eu pesquisei, a BBC realizou várias adaptações do livro e a mais famosa delas é a de 1995, contanto com 6 episódios, além de ter recebido indicações para vários prêmios! Esta aqui, segundo o que li na internet, é a série mais amada pelos fãs de Orgulho e Preconceito por ser a mais fiel ao conteúdo do livro e principalmente pelas cenas que nos fazem compreender de fato como Mr. Darcy se apaixonou por Elizabeth.
Kouman to Henken (Mangá)
A outra adaptação que me surpreendeu é Kouman to Henken, ou seja, Orgulho e Preconceito em mangá! Quem diria não é mesmo? Segundo blogs que eu li, os traços e desenhos dos personagens são baseados nas versões de 1995 (série acima) e de 2005 (filme). Infelizmente ainda não existem versões traduzidas para o português, mas se quiser conhecer mais um pouco, veja esse site aqui e este aqui.
Até a próxima postagem!
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