domingo, 4 de novembro de 2012

Reflexão sobre o filme "A Sociedade Dos Poetas Mortos"

Postagem atualizada em 05/07/2018


     Este filme é um dos que mais gostei de assistir, mesmo tendo sido lançado em 1989, tive conhecimento dele há algum tempo. A minha "descoberta" dele se deu em 2011, estava sem o que fazer e procurei uns filmes no Tv a cabo, então encontrei "A Sociedade dos Poetas Mortos". Eu ouvi pouco a respeito, mas então resolvi assistir e comentar um pouco sobre aqui no blog.
   O ambiente do filme se passa do ano 1959, na Alemanha, em uma instituição chamada Welton School , cujo o lema girava em torno de: tradição, honra, disciplina e excelência. No decorrer do filme, percebemos que ambiente escolar não favorecia a livre expressão e o potencial criativo dos alunos, sendo os valores pregados de forma rígida. A quebra neste ritmo ocorre com a chegada do professor de Literatura John Keating (Robin Williams), o qual fornece um modo diferente de dar aula, incentivando a criatividade dos alunos, mostrando-lhes uma forma de aproveitar a vida. 



     Eu achei este ponto bem interessante, porque até o professor Keating traz uma forma de ensinar diferenciada das outras disciplinas ministradas. Ele incentiva o lado subjetivo de seus alunos, estimula-os a pensarem por si mesmos, a apreciarem os poema por contra própria. O professor também fala a respeito de como a busca da profissão é importante, mas que a vida é mais que isso, outras coisas também são fundamentais para nos tornar vivos: o ser humano enquanto capaz de criar, ter emoções, sentimentos.

   Ao iniciar a aula, o professor Keating pede que um aluno leia a definição de "poesia" encontrada no livro utilizado pela instituição. Se percebermos bem, o autor define poesia a partir de algo matemático (um gráfico) - achei que foi exposto propositalmente - e assim o professor rompe com este tipo de visão, pedindo que seus alunos arranquem as folhas de seus livros!! Vejo esta cena como uma representação do papel que o professor exerce no filme, trazendo um modo de pensar e ensinar seus alunos! (Você pode visualizar essa cena aqui).
        O trecho que me toca bastante é uma das cenas famosas do filme conhecida como "Qual será o seu verso?", nela o professor John Keating diz:


"(...) Não importa o que as pessoas digam. Palavras e ideias podem mudar o mundo. (...) Nós não lemos e escrevemos poesia porque é bonito. Nós lemos e escrevemos poesia porque pertencemos à raça humana, e a raça humana está cheia de paixão. Medicina, Direito, Engenharia... são ambições nobres e necessárias para manter a vida. Mas poesia, beleza, romance, amor... é para isso que ficamos vivos. Para citar Whitman:'Oh, eu! Oh, vida! das questões desses evocandoDos infinitos séquidos dos infiéis, cidades repleta de frívolos(...)Que bem há nisso, oh eu, oh vida?Que a potente peça prossegue e tu podes contribuir com um verso. Que a potente peça prossegue e tu podes contribuir com um verso. Qual será o seu verso?'"
(Trecho citado pertence a Walt Whitman. Seu poema se chama "Oh eu! Oh vida!" do livro "À beira da Estrada - 1881)

     


     
Outra frase notável do filme é Carpe Diem e que está muito associada à ideia do filme. Nas primeiras aulas - e na primeira parte do video acima - nós temos o professor Keating falando sobre o termo "Carpe Diem". Este termo em latim quer dizer "aproveitar o dia", e dessa forma os alunos se sentem motivados a buscar outras atividades em que possam se expressar livremente. O termo "Sociedade dos Poetas Mortos" surge no filme, quando alguns alunos encontram um antigo anuário da escola e vêem a foto do professor Keating e, abaixo da foto, havia este termo. Ao perguntarem ao mestre, este afirma que a Sociedade era um grupo que ele mantinha com seus antigos colegas de sala, no qual podiam ler poemas, escrever músicas e fazer arte.  


A Sociedade
      Neste momento, os jovens têm a ideia de refazer a "Sociedade dos Poetas Mortos" entre eles, assim eles passam a se reunir todas as noites em uma caverna localizada na floresta, aos arredores da escola. A Sociedade é formada pelos alunos: Todd, Neil, Steven, Charlie, Knox, Richard e Gerard. Nas reuniões, eles citam poemas, conversam, trocam ideias e tocam instrumentos musicais. Eu achei muito legal, é bem interessante como os alunos buscam colocar em prática o que é ensinado pelo professor, sendo que eles levarão o que foi ensinado  para o resto de suas vidas! Eu percebi que eles também necessitavam de um momento para se expressar, no qual se mantinham longe da pressão, rigidez e obrigações que dominavam o ambiente escolar. 


A Sociedade dos Poetas Mortos e Prof Keating!
     O final do filme é muito tocante e bonito, percebemos o quanto a mensagem trazida pelo professor marca os alunos, eles demonstram que o que foi ensinado jamais será esquecido! Sem falar que até marca quem assiste! Não irei comentar mais alguma coisa sobre este final, porque perde a graça e a surpresa. Até porque pode ser que a postagem motive a assistir este belo filme, então eu não irei mencionar o final.

Até a próxima postagem!

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