Sonic, quem eu fui e quem eu sou

     A ideia desta postagem começou há algum tempo - mais precisamente quando o filme do Sonic 3 foi lançado - devido ao fato de que me trouxe memórias, entre outros sentimentos relacionados a minha própria história com Sonic. Desde então eu achei que seria uma boa ideia tentar organizar todo esses pensamentos em formato de texto e assim postar no blog mais uma vez.

     Sonic esteve na minha vida durante muito tempo, eu não me recordo com clareza quando exatamente começou, porém desde as minhas mais antigas memórias o Sonic já estava lá comigo. Depois de um grande processo de reflexão, eu passei a entender que Sonic é como se fosse algo muito familiar, me traz um sentimento similar a estar em casa. Não importa quanto tempo passe, está entre as coisas que eu gosto e que fazem parte de mim. Às vezes é difícil explicar as coisas que estão associadas a quem eu sou, principalmente por ser algo que, de alguma forma, eu elegi para me acompanhar no decorrer da minha vida.

A escrita como recurso facilitador do meu processo de aceitação de mim

      Depois de bastante tempo - como de costume - retorno ao meu blog para escrever mais uma vez. A minha escrita ocorre geralmente após um processo longo de reflexão e, muitas vezes, marcado de períodos introspectivos cheios de pensamentos sobre mim, a vida, o que eu gosto e porque escrevo. Na minha visão, compreendo que nós seres humanos somos seres dinâmicos e complexos e suscetíveis a mudanças, principalmente mudanças que concernem a nós mesmos: como somos, quem somos. Então, para mim faz todo o sentido que outras vivências e experiências entrem em uma evidência maior que a escrita em alguns momentos, e nesse ciclo eu sempre acabo retornando para a escrita e o escrever justamente por conta das minhas próprias mudanças subjetivas, porque aqui em palavras elas adquirem um sentido, uma projeção concreta que representa aquilo que eu pensei e senti no exato momento em que construí os meus textos, dentre eles as postagens neste blog: Denny's Forest é uma expressão do que fui, sou e estou me tornando porque estou sempre em movimento e indo em uma direção que descubro apenas quando chego lá.

10 anos de Denny's Forest

     Hoje este blog completou 10 anos de existência. Significa muito pra mim, principalmente porque representa quem eu fui, sou e estou me tornando. Denny's Forest sou eu. É o meu sonho de escrever e de me colocar da forma que eu consigo. Graças a me colocar aqui com as minhas ideias, gostos e palavras, também pude mudar, conhecer e crescer, me tornando alguém de quem tenho orgulho. Tudo que tem no meu coração neste momento é gratidão e muito amor, muita felicidade de poder olhar pra este blog e me ver, ver que mudei e que estou cada vez mais em contato comigo. Denny's Forest representa todos os momentos da minha vida e tenho orgulho. Muitos inícios, meios e fins aconteceram nesses 10 anos e o blog continua, e vai continuar enquanto estiver em mim essa vontade de me realizar nas palavras.

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Denny

"Teus ombros suportam o mundo..."

        "... e ele não pesa mais que a mão de uma criança". Esse trecho pertence poema "Os Ombros Que Suportam O Mundo" escrito por Carlos Drummond de Andrade e, segundo um amigo próximo, era (e ainda é) a melhor forma de me descrever. E eu concordo totalmente que levo este pequeno trecho como parte de mim por muito tempo ao longo da vida. Mas o que de fato dizer que meus "ombros suportam o mundo" quer dizer? E por que esse mundo que eu carrego nas costas "não pesa mais que a mão de uma criança"? Bem, estes são os pontos de partida que pretendo desenvolver neste pequeno texto reflexivo - algo que não faço a bastante tempo no blog. Como primeira postagem de 2020, é o que eu realmente quero fazer.

Sobre o shoujo mangá "Orange", de Ichigo Takano

      Há algum tempo, mês de Setembro passou a ser considerado o mês simbólico de prevenção do suicídio, de modo a ser popularmente chamado de Setembro Amarelo. Acredito que quando se trata de saúde mental, o trabalho de prevenção e de cuidado deva ser amplamente divulgado, principalmente por conta do fato de que a tentativa de suicídio se trata do estágio máximo e mais grave do adoecimento mental. Este tema ainda possui um pouco de resistência em ser discutido e abordado em diversos espaços, apesar de que percebo que quando adequadamente apresentado por meio de algum tipo de filme ou série pode ser um ponto positivo para inserir aos poucos esse tema tão importante.

       Neste mês em específico eu sempre lembro de várias coisas que tive contato a respeito e, dentre elas, o lindo shoujo de Ichigo Takano: Orange. Apesar de que o suicídio em si não é o único tema trabalhado na história, a autora trás uma abordagem singela e muito bonita sobre como o sofrimento de alguém pode passar despercebido, assim como o quanto que as relações interpessoais acolhedoras podem significar muito na vida de alguém que se encontra em um momento difícil da vida.

Machado de Assis e a mudança subjetiva do escritor

      Nesta postagem resolvi falar um pouco sobre algo que tem me tomado bastante reflexão nos últimos meses, principalmente sobre o quanto a obra reflete o autor que escreve, principalmente sobre o que se pensa, o que se acredita e, claro, o estilo literário e a forma de escrever. Sendo assim, no dia de ontem (21 de junho), nos 108 anos do mestre Machado de Assis, eu o menciono justamente por ele ter feito uma pequena menção da mudança subjetiva do autor e a relação com sua obra em um de seus primeiros romances: Helena. A princípio me chamou a atenção por ser algo pequeno, no entanto reflete em toda pessoa que aspira em escrever e quem é escritor, principalmente quando se revisita seus textos mais antigos.